Iniciação Científica na Escola

(re)pensar a pesquisa e (re)fazer práticas docentes

Autores

  • ANELISE DE LUCA Instituto Federal Catarinense
  • Natacha Morais Piuco Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari

Palavras-chave:

Pesquisa, Escola, Aprendizagem

Resumo

A pesquisa na escola, tem a perspectiva de ensinar a aprender, criar possibilidades para que o estudante tenha autonomia e autoria na sua aprendizagem. Contudo o ato de pesquisar não é nato, precisa ser aprendido e exercitado, no sentido de promover a investigação a partir da curiosidade vinculado ao contexto de vivência. Bagno (2012) discute a pesquisa na escola e questiona a efetividade e o uso inadequado de atividades de pesquisa simplistas que desconsideram os procedimentos metodológicos para se pesquisar.  Em contrapartida, defendemos a necessidade de instigar nos estudantes a capacidade de aprender a aprender, desenvolvendo habilidades processuais para aprender ciência e estratégias que permitam a construção da autonomia e autoria.  Acreditamos que por meio da formação de grupos de iniciação científica (IC), é possível desenvolver o interesse pela ciência e a investigação de temas que possibilitem o exercício das práticas científicas a partir de situações cotidianas passíveis de problematização e ricas em significados, que promovam a argumentação e a atitude ativa dos estudantes na busca de soluções que promovam a qualidade do seu contexto de vivência. Neste minicurso pretendemos apresentar como desenvolver a pesquisa na escola por meio de grupos de IC, na perspectiva de Espinoza (2010); Ward et al., (2010); Demo (2011 e 2012); Bagno (2012); Moraes, Galiazzi e Ramos (2012); Sasseron e Machado (2017) entre outros que se fizerem necessários para os diálogos efetivos sobre pesquisa na escola. E nesse movimento de viabilizar IC na escola, propomos uma trilha para sua constituição, que pode assumir trajetos diferentes dependendo da especificidade da escola e dos momentos escolares, sempre objetivando promover práticas investigativas que mobilizem leitura, escrita, problematização, estudo, discussão, argumentação, em um processo reconstrutivo de aprendizagem. Nessa perspectiva o professor é o profissional da aprendizagem, é ele quem gerencia a desconstrução/reconstrução do conhecimento em sala de aula (Demo, 2011). Ainda partilhamos nossa experiência no processo de constituição de grupo de IC em escolas públicas estaduais nos anos de 2020 - 2022, como pressuposto para o projeto intitulado “A promoção de práticas investigativas  na escola, valorizando a curiosidade e desenvolvendo o interesse pela ciência”, vinculado ao Programa Ciência na Escola, fomentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entendemos que a promoção de grupo de IC na escola oferece potencialidades na mobilização dos estudantes para o saber pensar, a elaboração, a argumentação com autonomia e a autoria, criando tempos e espaços de pesquisa, constituindo-se como laboratório de aprendizagem. E para os professores possibilidades de (re)pensar a pesquisa e (re)fazer as práticas docentes, num movimento de tornarem-se mediadores e orientadores da pesquisa na escola.

Biografia do Autor

Natacha Morais Piuco, Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari

Licencianda em Química

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Publicado

10-06-2024

Como Citar

DE LUCA, A., & Morais Piuco, N. (2024). Iniciação Científica na Escola: (re)pensar a pesquisa e (re)fazer práticas docentes . Anais Dos Encontros De Debates Sobre O Ensino De Química - ISSN 2318-8316, (42). Recuperado de https://edeq.com.br/submissao2/index.php/edeq/article/view/202

Edição

Seção

Mini-Cursos

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