Planejamento Didático a partir da Taxonomia de Bloom com ênfase no Domínio Afetivo e nas relações interpessoais entre estudantes e docentes.
Palavras-chave:
Taxonomia de Bloom, Planejamento, AfetividadeResumo
Este minicurso tem por objetivo proporcionar um espaço de reflexão e de prática sobre o planejamento didático, abordando a construção de relações interpessoais e do desenvolvimento de objetivos educacionais, com ênfase no domínio afetivo, a partir da ferramenta proposta pela Taxonomia de Bloom. O uso dos objetivos educacionais para o planejamento proporciona uma maior organização das aulas, bem como, traz a possibilidade de compreensão dos estágios evolutivos do processo de ensino e aprendizagem para as estudantes (FERRAZ; BELHOT, 2010). O desenvolvimento planejado das relações interpessoais entre estudantes e educadoras pode trazer resultados desejáveis para a sala de aula, bem como tornar o processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso e potencialmente significativo. Para isso, é importante organizar aquilo que se espera com a sequência didática levando em conta o domínio afetivo do conhecimento (BLOOM; KRATHWOHL; MASIA, 1973; SANTOS, 2007). Wallon foi pioneiro na divisão do conhecimento nos 3 domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor (DE ALMEIDA, 2007), entendendo que a aprendizagem intelectual, somente, não proporciona o desenvolvimento das estudantes de forma plena. Bloom et. al (1956) constituiu sua teoria dos objetivos educacionais dividindo o conhecimento nesses 3 domínios, apresentando evoluções hierárquicas dentro de cada um, chamando-os de descritores. A Taxonomia dos Objetivos Educacionais, ou Taxonomia de Bloom consiste em uma ferramenta que auxilia o planejamento didático e a avaliação ao propor a organização dos objetivos educacionais a cada aula, respeitando o processo de estruturação do conhecimento a partir de propostas mais simples até as mais complexas. O domínio afetivo a partir da Taxonomia de Bloom propõe a construção da estrutura afetiva e da rede de valores das estudantes, capaz de incidir em suas escolhas, nos sentimentos, decisões, comportamentos, etc. (BLOOM; KRATHWOHL; MASIA, 1973). É fundamental construir uma educação transformadora e questionadora, que forme cidadãs críticas capazes de tornarem-se autônomas acerca de sua aprendizagem, é preciso humanizar o ensino através das estudantes e de nós, educadoras. (FREIRE, 1996; VASCONCELLOS, 2000). Portanto, as relações interpessoais são um fator estruturante e devemos levá-las em conta na hora de planejar. A partir do reconhecimento da importância destes fatores é preciso aliar ideais com ferramentas que possibilitem a execução do planejamento didático, mas principalmente, que o mesmo seja coerente com a realidade e seja posto em prática. Para isso, utilizaremos como base o referencial acima citado e experiências anteriores para discutir as possibilidades pedagógicas e sua abrangência, tendo como resultado final a criação de uma proposta didática elaborada pelos participantes a partir do uso dos objetivos educacionais propostos pela Taxonomia de Bloom.
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