Educação Ambiental Crítica e Unidades Temáticas: caminhos para concretização de um Ensino de Química e Ciências contextualizado socioambientalmente
Palavras-chave:
Educação Ambiental, Ensino de Química/Ciências, Materiais Didáticos.Resumo
O minicurso visa proporcionar um espaço-tempo coletivo e de interação para construção de conhecimentos acerca das concepções sobre a Educação Ambiental Crítica (EAC) (SAUVÉ, 2005) e, assim, estruturar possibilidades para elaboração de materiais no formato de Unidades Temáticas (UT) voltadas ao Ensino de Química e Ciências. A proposta tem respaldo na recorrente necessidade de contextualização dessa área do saber, com as perspectivas sociais, ambientais, econômicas, políticas, históricas, éticas e educacionais. A emergência planetária e os problemas causados pelo desenvolvimento do mundo capitalista exigem respostas rápidas e enfrentamentos pertinentes, com foco na transformação dos paradigmas de dominação e de conquista do ambiente natural e seu potencial por aqueles voltados ao cuidado e à responsabilidade coletiva (BOFF, 2016). A EAC, nesse sentido, desponta como exigência legal, curricular e institucional dos espaços educacionais, capaz de promover mudanças de atitudes dos sujeitos visando a alfabetização em Gaia (BOFF, 2016), a formação do sujeito ecológico (CARVALHO, 2016) e a sustentabilidade ecológica (LEFF, 2015). A opção pela abordagem temática a partir de UT favorece o desenvolvimento de habilidades discentes e docentes por envolver um trabalho com metodologias variadas, conectando teoria e prática a partir de discussões críticas e reflexivas, isso, por meio da elaboração de material didático flexível e dinâmico para os diferentes ambientes de aprendizagens. Neste sentido, espera-se contribuir para estudos, debates e reflexões acerca da articulação entre os temas durante a formação inicial e continuada de professores de Ciências/Química, para assim, demonstrar aos participantes do Minicurso, o potencial que tais pressupostos possuem na constituição cidadã, ética e moral dos estudantes, professores e futuros professores, na autonomia docente e em posicionamentos críticos diante da realidade marcada pela crise socioambiental. Para tanto, o uso de temáticas, que estejam presentes no meio comum dos sujeitos envolvidos e que incitam o debate acerca de aspectos sociais, éticos, tecnológicos, históricos, econômicos e ambientais (SANTOS; MORTIMER, 2002) se constitui como uma alternativa favorável para contribuir para/com o processo de ensino e aprendizagem e práxis profissional. Além disso, ao articular os pressupostos acima com o Ensino de Química e Ciências há a perspectiva de corroborar com a interação entre os conhecimentos desses campos do saber com a transversalidade da EAC, contribuindo com a formação de estudantes e professores comprometidos política e socialmente com a emancipação por meio da Educação. Desse modo, para a execução dos objetivos propostos utilizar-se-ão dois momentos formativos em que, na primeira etapa, serão abordados aspectos da legislação nacional e estadual (BRASIL, 1999, 2012; RIO GRANDE DO SUL, 2010), os princípios da EAC, características das UTs (visando sua construção) e a apresentação de exemplares. A segunda etapa, de cunho mais prático, será pautada na estruturação de um projeto de UT, como, por exemplo, o Guia do Professor com descrição das atividades e objetivos.
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Copyright (c) 2023 Anais dos Encontros de Debates sobre o Ensino de Química - ISSN 2318-8316
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